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Página inicial > Observ noticias > Laboratório Espacial Chinês cairá na Terra em Abril.
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Representação Artística do Laboratório Espacial Chinês Tiangong 1
[imagem: China Manned Space ]

 

Lançado pela China em Setembro de 2011, o laboratório espacial Tiangong 1 vive seus último momentos em órbita. Concebido como parte do programa chinês para estabelecer uma estação espacial permanentemente tripulada até 2022, o laboratório Tiangong 1 tinha uma missão de dois anos com o objetivo principal de desenvolver e dominar a tecnologia de aproximação e acoplamento em órbita.

A Tiangong 1 recebeu astronautas em 2012 e 2013, em missões que envolveram além dos testes de aproximação e acoplamento ao laboratório orbital, a realização de experimentos em micro gravidade e até uma aula de física transmitida por vídeo para 60 milhões de estudantes chineses.

Após a conclusão de sua missão principal em 2013, a nave permaneceu operacional até Março de 2016, quando a agência espacial chinesa informou a perda da comunicação e telemetria com o laboratório em órbita.

Satélites e outros veículos espaciais em órbitas baixas - abaixo de 2000km - perdem altitude devido ao arrasto causado pelos gases nas camadas mais altas da atmosfera. Assim como a Estação Espacial Internacional, o módulo chinês operava com um apogeu (altitude máxima) inferior a 400km.

Sem comunicação, os controladores perdem a capacidade de acionar os propulsores que periodicamente compensam a perda de altitude da nave ou de executar uma manobra de reentrada controlada na atmosfera.

Altitude do laboratório orbital Tiangong 1 desde o lançamento,
mostrando a última correção de altitude em 16 de Dezembro de 2015
[gráfico: Aerospace ]

 

Com isso, a Tiangong 1 vem constantemente perdendo altitude e se prevê que entre os dias 29 de Março e 9 de Abril (2018) dará seu mergulho final na atmosfera. A nave está sendo rastreada por um consórcio internacional de monitoramento de lixo espacial e previsões atualizadas da reentrada estão disponíveis na página da ESA (Agência Espacial Europeia).

 

Área potencial da reentrada da Tiangong 1 (Em verde)
[gráfico: ESA - Agência Espacial Europeia ]

O Brasil encontra-se na área que poderá receber os destroços, mas não há motivo para alarme. Considerando que a maior parte do planeta é coberta por água e que a porção seca é composta por vastas áreas desabitadas, a Agência Espacial Europeia calcula que a chance de ser atingido por um fragmento da Tiangong 1 seja 10 milhões de vezes menor que a de ser atingido por um raio.

Mas se mesmo assim você preferir se certificar se uma nave chinesa de 10 metros de comprimento e massa de 8 toneladas não está passando sobre sua cabeça é possível ver em tempo real a posição da Tiangong 1, da Estação Espacial Internacional, do Telescópio Espacial Hubble e de outros satélites em órbita através de aplicativos para celular ou acessando sites como o  Satview.

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