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Em todo o Brasil, unidades da FAB estão em alerta e serão engajadas na luta contra o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.
Neste sentido, o Exmo. Sr. Comandante da Aeronáutica, Ten Brig Ar Rossato, emitiu o BOLIMPE nº 01/16, de 26 de janeiro de 2016, versando sobre "ALERTA SOBRE AEDES AEGYPTI". 

O Brasil está passando por um surto de dengue, chikungunya e a temida microcefalia, causada pelo vírus zika, uma doença ainda sem cura nem vacina para prevenção. Mas o transmissor de todas essas doenças, o mosquito Aedes Aegypti, pode ser combatido.

Não é um inimigo fraco. Uma única fêmea pode dar origem a 1.500 mosquitos durante a sua vida. Os ovos podem ficar mais de um ano, 450 dias, no seco e ainda assim serem capazes de originar novos mosquitos se encontrarem condições propícias para eclodir. E essa resistência ao ressecamento é adquirida muito rapidamente, em apenas 15 horas após a postura. Os ovos, inclusive, podem ser carregados para outras regiões pela ação humana e resistir até o próximo período de chuvas, dificultando as ações de controle.

Mas esse inimigo tem vulnerabilidades. O Aedes Aegypti deposita seus ovos preferencialmente em água limpa. Pequenos armazenamentos de água, como calhas, coletores de ar condicionado e de geladeiras já são suficientes para o mosquito depositar os ovos. Em condições ambientais favoráveis, após a eclosão do ovo, o desenvolvimento do mosquito até a forma adulta pode levar um período de 10 dias. Por isso, a eliminação de criadouros deve ser realizada pelo menos uma vez por semana. Assim, o ciclo de vida do mosquito será interrompido.

E o combate ao mosquito transmissor de doenças deve acontecer dentro de nossas próprias casas. Todo o ciclo de vida do Aedes Aegypti se dá dentro ou próximo de domicílios. Infelizmente, o crescimento exponencial do número de pessoas afetadas atesta a falta de consciência de muitos brasileiros. Dois terços dos criadouros estão dentro de residências.

Nós, da Força Aérea Brasileira, não podemos estar alheios a esses fatos.

Desde dezembro, militares da FAB em todas as partes do País atuam nas visitas domiciliares para combater focos de proliferação do inseto. Mas é preciso mais. O engajamento precisa ser total.

Neste sentido, em âmbito nacional, órgãos do Governo Federal, Estadual e Municipal, e instituições como igrejas e escolas, iniciarão nos próximos dias uma campanha mais agressiva no combate ao mosquito e nós faremos parte deste trabalho.

Dentro da programação nacional, nossos militares serão treinados por pessoal especializado e as organizações serão informadas sobre sua participação, incluindo escolas e domicílios.

De imediato, determino a todos os comandantes, chefes e diretores que, dentro das suas organizações e vilas residenciais, a partir desta semana, sejam efetivos e controlem para que nenhuma área seja alvo do mosquito. Façam mutirões, estabeleçam rotinas para eliminar toda e qualquer possibilidade de água parada que possa servir de criadouro.

Mais ainda: cada um de nós pode fazer diferença na sua comunidade, na sua rua e na sua casa. Seja um multiplicador de informações de como prevenir e combater os focos do mosquito. Use o seu conhecimento para alertar seus colegas, amigos, familiares e vizinhos.

Acredito no potencial de cada um de vocês, civis e militares da Força Aérea Brasileira, para ajudar a reduzir as duras estatísticas que permeiam todo o País. Seja mais um soldado a combater o Aedes Aegypti.

Ten Brig Ar Rossato
Comandante da Aeronáutica

 

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