Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Página inicial > Observ noticias > Laboratório Espacial Chinês Cai Sobre o Pacífico
Início do conteúdo da página

Em vermelho, o ponto real da reentrada do laboratório espacial chinês Tiangong-1. Em laranja a elipse da região prevista para a reentrada. [imagem: Aerospace.org]

 

Chega ao fim a expectativa pela reentrada não-controlada do laboratório espacial chinês Tiangong-1 na atmosfera terrestre. Às 0h16min (UTC) do dia 2 de Abril (21h16 do dia 1º de Abril, no Brasil) a espaçonave chinesa desintegrou-se sobre o Oceano Pacífico, nas coordenadas 13.6º S, 164.3ºW, como confirmou o site Aerospace.org.

A queda ocorreu dentro da janela prevista de reentrada, estimada para 0h30 (UTC) +/-1.7h. Como a queda da espaçonave se deu na vastidão do Oceano Pacífico, é pouco provável que imagens do evento tenham sido registradas. 

Tiangong-1 foi um laboratório orbital produzido e lançado pela China para prover os meios para o desenvolvimento e domínio da tecnologia de aproximação e acoplamento necessária ao desenvolvimento da futura estação espacial chinesa. Lançada em Setembro de 2011, para uma missão inicial de 2 anos, a Tiangong-1 permaneceu em condições operacionais até a agência espacial chinesa perder o contato com a espaçonave em Março de 2016.

Sem comunicações com a nave, não foi possível manter as correções periódicas na altitude que garantem que o veículo permaneça em órbita. Assim, era uma questão de tempo até que a Tiangong-1, freiada pelo efeito do arrasto da atmosfera, perdesse altitude de sua órbita de 350km e eventualmente caísse na superfície.

O Instituto Fraunhofer, na Alemanha, registrou imagens da Tiangong-1 por radar nas última semanas, confirmando que os painéis solares e a estrutura da nave permanecia íntegra.

Imagem radar da Estacão Tiangong-1[imagem: Instituto Fraunhofer]

Com massa de 8.5 toneladas (no lançamento) e medindo mais de 10m de comprimento, a Tiangong-1 está longe do posto de maior objeto construído pelo homem a reentrar na atmosfera. Este posto pertence à estação espacial russa MIR, com 130 toneladas, guiada em uma descida controlada sobre o Pacífico em Março de 2001.

É improvável que partes da Tiangong-1 venham a ser recuperadas, considerando que caíram numa região isolada no Oceano. Mas vale lembrar que, no caso de queda de destroços de qualquer outra espaçonave ou satélite no solo, deve-se evitar o contato com o material e não se deve em hipótese alguma respirar fumaça ou vapores emitidos dos fragmentos. É grande a chance de contaminação por hidrazina, um composto químico toxico e corrosivo, utilizado comumente como propelente em foguetes e satélites.

Fim do conteúdo da página