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Júpiter e três de seus maiores satélites [imagem: NASA, ESA, e equipe Hubble Heritage (STScI/AURA) ]

A família do gigante gasoso Júpiter teve dois novos membros confirmados pelo Minor Planet Center da União Astronômica Internacional (IAU) em circulares emitidas em Junho (MPEC 2017-L08 : S/2016 J 1 e MPEC 2017-L47 : S/2017 J 1). Com isto, o planeta quebra seu próprio recorde e atinge a marca de 69 satélites confirmados, mantendo-se como o planeta com maior número de luas no Sistema Solar, seguido por Saturno com 62 luas confirmadas.

Apesar do número recorde de objetos orbitando Júpiter, apenas os quatro satélites descobertos por Galileu em 1610 ultrapassam os 3000 km de diâmetro. Entre os demais, doze tem diâmetros entre 10 e 200 km e todo o restante mantém-se abaixo dos 10 km. Os satélites galileanos Io (3643 km), Calisto (4821 km), Europa (3122 km) e Ganimedes (5262 km) podem ser facilmente detectados por pequenos telescópios amadores ou mesmo por binóculos, enquanto os novos satélites (medindo entre 1 e 2 km) são alvo apenas para os grandes telescópios equipados com sensores ultrassensíveis.

Júpiter, Io, Europa e Ganimedes, fotografado no telescópio de 305mm do Observatório do IAE.
[foto: Wandeclayt M./IAE]

A descoberta é um subproduto de um trabalho de  busca por objetos distantes no Sistema Solar, localizados além das órbitas de Netuno, Plutão e do Cinturão de Kuiper. O astrônomo Scott Sheppard, do Instituto Carnegie (Washington, EUA) explica que Júpiter cruzou o campo de visão monitorado pelo projeto em Março de 2016 e Março de 2017, ocasiões em que além de continuar a busca por objetos distantes, foi possível observar em primeiro plano os satélites conhecidos de Júpiter e identificar novos corpos orbitando o planeta gigante. As imagens abaixo registram o movimento que permitiu identificar os novos corpos.

Satélite S/2016 J1
Satélite S/2017 J1

Além dos novos satélites, foram observados pelo menos 5 de 14 satélites descobertos em 2003 e considerados "perdidos". Os satélites perdidos de Júpiter são corpos de existência confirmada, mas cuja órbita não é conhecida com precisão suficiente para prever suas posições ao redor do planeta. A comparação das imagens de 2017 com as observações programadas para 2018 poderão revelar mais destas luas perdidas e ainda apontar a descoberta de novos satélites.

Em Agosto, Júpiter permanecerá visível ao entardecer na constelção de Virgem, a Noroeste da estrela Spica, e pode ser observado junto com seus maiores satélites no Observatório do IAE.

O Observatório do IAE abre todas as terças-feiras das 19h30 às 21h30 e as observações acontecem somente em caso de bom tempo. Mais informações pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (012) 3947-5246.

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